COMO NÃO PODERIA SER DIFERENTE
Confusão no Olímpico depois do Jogo Grêmio X Cruzeiro
Estádio Olímpico - Porto Alegre
PORTO ALEGRE - Torcedores e policiais militares entraram em conflito diversas vezes nas áreas externas do Olímpico, em Porto Alegre, nesta quinta-feira, enquanto Grêmio e Cruzeiro decidiam uma vaga para a final da Copa Libertadores. Os tumultos começaram com o fechamento de dois portões de acesso às cadeiras, localizadas no anel superior do estádio e de outros dois de acesso às arquibancadas, no anel inferior. Inconformados, centenas de gremistas, com ingressos nas mãos, começaram a protestar e tentar forçar a entrada.
Montados em cavalos, os policiais formaram uma barreira diante dos portões. O clima ficou tenso e a troca de empurrões esteve perto de virar um conflito diversas vezes. Muitos torcedores se queixaram da truculência dos soldados, que recorreram a golpes de cassetete, bombas de gás lacrimogêneo e até ameaça do uso de espadas para afastá-los de perto dos portões.Ao longo do jogo, a diretoria do Grêmio não explicou a razão da desorganização. Enquanto os torcedores estavam de fora, havia alguns espaços vazios dentro do estádio, mesmo que pequenos. Aos 20 minutos do primeiro tempo, um diretor da área administrativa pediu inutilmente, pelas emissoras de rádio, que os torcedores formassem filas para entrar, mas a Brigada Militar não conseguiu mais organizar a multidão.O que acabou evitando um tumulto ainda maior foram os dois gols que o Cruzeiro marcou, aos 34 e 36 minutos do primeiro tempo. Sentindo que a classificação estava perdida, a maioria dos torcedores optou por ir embora. Alguns, mais inconformados, atiraram pedras contra as janelas da área administrativa do estádio e amassaram latarias de carros estacionados no pátio.
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