CAMERA LENDO MOVIMENTOS COMO UM MOUSE
Isso é possível com uma webcam e um software desenvolvido por pesquisadores da UnB. Ferramenta poderá ser utilizada no futuro para comunicação com andróides.
Apesar de ele já ser uma extensão do braço para algumas pessoas, o mouse, utilizado todos os dias por milhões de pessoas nas mais diversas tarefas realizadas no computador, não é uma forma de estabelecer comunicação muito natural, mesmo essa relação sendo com aparelhos eletrônicos. Por isso, pesquisadores da Universidade de Brasília (UnB) desenvolveram o projeto inédito de um mouse gestual, no qual o movimento das mãos poderá substituir esse periférico. Utilizando uma webcam e um software específico, o usuário precisa aprender quatro movimentos, que substituem os cliques e ações do mouse. "O teclado pode ser substituído com reconhecimento de voz, mas ainda não tinha nada que substituísse o mouse de forma mais natural", afirmou ao G1.
Apesar de ele já ser uma extensão do braço para algumas pessoas, o mouse, utilizado todos os dias por milhões de pessoas nas mais diversas tarefas realizadas no computador, não é uma forma de estabelecer comunicação muito natural, mesmo essa relação sendo com aparelhos eletrônicos. Por isso, pesquisadores da Universidade de Brasília (UnB) desenvolveram o projeto inédito de um mouse gestual, no qual o movimento das mãos poderá substituir esse periférico. Utilizando uma webcam e um software específico, o usuário precisa aprender quatro movimentos, que substituem os cliques e ações do mouse. "O teclado pode ser substituído com reconhecimento de voz, mas ainda não tinha nada que substituísse o mouse de forma mais natural", afirmou ao G1.
Sob orientação do professor Marcus Vinícius Lamar desde a UFPR e agora na UnB, o projeto teve início com um sistema para "tradução" da linguagem de sinais para o computador, com reconhecimento de imagens. A partir disso, os pesquisadores pensaram em ampliar a tecnologia para o mouse, fazendo com que qualquer pessoa pudesse realizar seus comandos apenas com a mão. "A idéia é poder utilizar, além da voz, gestos para se comunicar com máquinas. No futuro, será possível um humano estabelecer contato com um andróide, equipado com uma câmera, através de gestos", afirmou o professor Lamar. Foram desenvolvidos dois modelos. Um tradicional, com apenas um apontador e uso de somente uma mão, e outro para o uso das duas mãos -- este, porém, ainda é utilizado apenas para a manipulação de figuras geométricas. Ticiano Bragatto, mestrando em Engenharia Elétrica na UnB, que começou a desenvolver o projeto ainda na graduação, na Universidade Federal do Paraná (UFPR). Movimentos
Antes de começar a utilizar sistema, é preciso fazer uma série de calibrações, selecionando pontos da pele do usuário para que o software consiga diferenciar a mão do rosto e também do ambiente filmado. "Para isso, ainda é preciso o mouse tradicional, mas estamos agora trabalhando em um banco de cores de pele para que, no futuro, essa etapa não seja mais necessária", explica Bragatto. Depois disso, o usuário coloca a mão em frente à câmera, encaixando-a no espaço de um quadrado amarelo que aparece na tela, para que o programa reconheça a mão. A partir daí, basta fazer os movimentos. A palma da mão aberta, de frente para a câmera, movimenta o cursor. O punho cerrado comanda o duplo clique. A mão de forma lateral e na vertical representa o clique esquerdo, enquanto na lateral, de forma horizontal, o botão direito. Para Lamar, a idéia básica de aplicação do projeto é uma nova interface homem-máquina. "O mouse gestual poderia ser utilizado em sistemas de realidade virtual, sem teclado nem mouse, como lojas, museus e até mesmo universos virtuais", explica. O sistema também poderia ser utilizado em manipulação 3D e na robótica, para interação com os humanos.
Bragatto acrescenta que a ferramenta pode ajudar na inclusão digital -- facilitando o acesso de pessoas mais velhas, por exemplo, que podem se sentir mais confortáveis utilizando sua própria mão no lugar do desconhecido mouse. Ele ressalta que ainda não há previsão de possibilidade de acesso ao público geral, pois o projeto ainda está no protótipo. A idéia é disponibilizar o software para livre acesso na internet, quando ele estiver concluído.
Antes de começar a utilizar sistema, é preciso fazer uma série de calibrações, selecionando pontos da pele do usuário para que o software consiga diferenciar a mão do rosto e também do ambiente filmado. "Para isso, ainda é preciso o mouse tradicional, mas estamos agora trabalhando em um banco de cores de pele para que, no futuro, essa etapa não seja mais necessária", explica Bragatto. Depois disso, o usuário coloca a mão em frente à câmera, encaixando-a no espaço de um quadrado amarelo que aparece na tela, para que o programa reconheça a mão. A partir daí, basta fazer os movimentos. A palma da mão aberta, de frente para a câmera, movimenta o cursor. O punho cerrado comanda o duplo clique. A mão de forma lateral e na vertical representa o clique esquerdo, enquanto na lateral, de forma horizontal, o botão direito. Para Lamar, a idéia básica de aplicação do projeto é uma nova interface homem-máquina. "O mouse gestual poderia ser utilizado em sistemas de realidade virtual, sem teclado nem mouse, como lojas, museus e até mesmo universos virtuais", explica. O sistema também poderia ser utilizado em manipulação 3D e na robótica, para interação com os humanos.
Bragatto acrescenta que a ferramenta pode ajudar na inclusão digital -- facilitando o acesso de pessoas mais velhas, por exemplo, que podem se sentir mais confortáveis utilizando sua própria mão no lugar do desconhecido mouse. Ele ressalta que ainda não há previsão de possibilidade de acesso ao público geral, pois o projeto ainda está no protótipo. A idéia é disponibilizar o software para livre acesso na internet, quando ele estiver concluído.
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