CHUAN 17 ANOS DE FIDELIDADE CANINA
Eu, Chuan , sentindo o peso dos anos e das enfermidades e sabendo também dos perigos que a vida oferece, venho por meio deste gravar o meu último desejo e testamento na lembrança de meu dono. Ele não saberá de sua existência até o dia de minha morte. Só então, quando me recordar, tomará conhecimento deste testamento que lhe peço registrar em minha memória.
Quase nada deixo de bens materiais. Os cães são mais sábios que os homens. Eles não dão muito valor às coisas. Eles não consomem os dias acumulando propriedades. Eles não perdem o sono guardando os objetos que possuem, e adquirindo os que não possuem. Não deixo nada de valor, exceto o meu amor e minha fidelidade. Estes, lego a todos que me amaram. E em especial ao meu dono João Paulo, ao qual conheci desde os seus 5 anos de idade.
Peço a meu dono que se lembre de mim, mas que não chore a minha morte por muito tempo. Em vida, sempre procurei consolá-lo nas horas de tristeza e aumentar sua alegria nos momentos de felicidade. É doloroso pensar que, com a minha morte, serei motivo de dor para ele. É hora de dizer adeus, é triste ter que deixá-lo, mas não é triste morrer. Os cães não temem a morte como os homens. Nós aceitamos como parte da existência, não como alguma coisa terrível que destrua a vida. Quem sabe o que virá depois da morte?
Gostaria de crer em um paraíso onde a gente permanece jovem e cheio de vida. Onde a gente brinca e se diverte com milhares de cadelinhas amorosas, lindamente pintadas. Onde cada hora bem aventurada é hora de refeição. Onde, nas longas noites de inverno, há sempre cobertas (onde meu dono\ nunca proibiu minha presença), onde a gente se aquece nos sonhos, lembrando os velhos e bravos tempos na Terra. Acho que isto seria esperar demais para um pobre cãozinho como eu. Mas a paz pelo menos é certa.
Faço um último e sincero pedido. Tenho ouvido várias vezes meu dono dizer: "Quando o Chuan morrer, nunca mais terei outro cachorro. Eu o amo tanto, jamais poderia amar a outro". Eu lhe peço que, por amor a mim, tenha amor a Lyn e ao Shao. Não tê-lo, seria um pobre tributo a minha memória. Gostaria de saber que, depois de mim, você não poderia viver sem um amigo como eu. Nunca tive um espírito egoísta e limitado. É lógico que alguns cães são melhores que outros. Os Chow chows, como todo mundo sabe, são os melhores. Por isso sugiro que amem meus sucessores. Eles possivelmente serão "antipáticos e mijadores em lugares proibidos" coisa que eu não fui em meus bons tempos. Meu dono não deve querer o impossível. Mas estou certo de que ele fará tudo o que estiver ao seu alcance, e mesmo meus defeitos, inevitáveis, servirão para me manter vivo na memória dele.
Deixo para meus sucessores minha coleira , alguns biscoitos e meu prato de comida. Meu sucessores nunca saberão usá-la com a minha imponência, quando eu passeava pelos parques da vida, merecendo os olhares elogiosos de muitos. Mas estou certo de que se esforçarão, ao máximo, para não parecerem jecas desajeitados pela rua.
Uma última palavra de adeus, meu querido dono. Quando lembrar-se de mim, repita com tristeza, mas também com muita alegria em seu coração, como lembrança, a minha longa e feliz existência junto a você: "Esse que partiu foi um cão que me amou e a quem amei". Por mais profundo que seja o meu sono, eu escutarei você, e nem o poder da morte poderá impedir o meu espírito de virar com a barriga para cima esperando aquele carinho e de abanar o rabo em sinal de gratidão.
Quase nada deixo de bens materiais. Os cães são mais sábios que os homens. Eles não dão muito valor às coisas. Eles não consomem os dias acumulando propriedades. Eles não perdem o sono guardando os objetos que possuem, e adquirindo os que não possuem. Não deixo nada de valor, exceto o meu amor e minha fidelidade. Estes, lego a todos que me amaram. E em especial ao meu dono João Paulo, ao qual conheci desde os seus 5 anos de idade.
Peço a meu dono que se lembre de mim, mas que não chore a minha morte por muito tempo. Em vida, sempre procurei consolá-lo nas horas de tristeza e aumentar sua alegria nos momentos de felicidade. É doloroso pensar que, com a minha morte, serei motivo de dor para ele. É hora de dizer adeus, é triste ter que deixá-lo, mas não é triste morrer. Os cães não temem a morte como os homens. Nós aceitamos como parte da existência, não como alguma coisa terrível que destrua a vida. Quem sabe o que virá depois da morte?
Gostaria de crer em um paraíso onde a gente permanece jovem e cheio de vida. Onde a gente brinca e se diverte com milhares de cadelinhas amorosas, lindamente pintadas. Onde cada hora bem aventurada é hora de refeição. Onde, nas longas noites de inverno, há sempre cobertas (onde meu dono\ nunca proibiu minha presença), onde a gente se aquece nos sonhos, lembrando os velhos e bravos tempos na Terra. Acho que isto seria esperar demais para um pobre cãozinho como eu. Mas a paz pelo menos é certa.
Faço um último e sincero pedido. Tenho ouvido várias vezes meu dono dizer: "Quando o Chuan morrer, nunca mais terei outro cachorro. Eu o amo tanto, jamais poderia amar a outro". Eu lhe peço que, por amor a mim, tenha amor a Lyn e ao Shao. Não tê-lo, seria um pobre tributo a minha memória. Gostaria de saber que, depois de mim, você não poderia viver sem um amigo como eu. Nunca tive um espírito egoísta e limitado. É lógico que alguns cães são melhores que outros. Os Chow chows, como todo mundo sabe, são os melhores. Por isso sugiro que amem meus sucessores. Eles possivelmente serão "antipáticos e mijadores em lugares proibidos" coisa que eu não fui em meus bons tempos. Meu dono não deve querer o impossível. Mas estou certo de que ele fará tudo o que estiver ao seu alcance, e mesmo meus defeitos, inevitáveis, servirão para me manter vivo na memória dele.
Deixo para meus sucessores minha coleira , alguns biscoitos e meu prato de comida. Meu sucessores nunca saberão usá-la com a minha imponência, quando eu passeava pelos parques da vida, merecendo os olhares elogiosos de muitos. Mas estou certo de que se esforçarão, ao máximo, para não parecerem jecas desajeitados pela rua.
Uma última palavra de adeus, meu querido dono. Quando lembrar-se de mim, repita com tristeza, mas também com muita alegria em seu coração, como lembrança, a minha longa e feliz existência junto a você: "Esse que partiu foi um cão que me amou e a quem amei". Por mais profundo que seja o meu sono, eu escutarei você, e nem o poder da morte poderá impedir o meu espírito de virar com a barriga para cima esperando aquele carinho e de abanar o rabo em sinal de gratidão.
Chuan , 18 de Março de 2008
Bokão, eu chorei lendo o post. Primeiro porque sempre fui fã de carteirinha do Chuã e saber que ele se foi é motivo pra ficar triste e depois porque a homenagem foi lindíssima, digna dele e do JP. Sei o que é perder um bichinho que amamos muito e o tempo de convivência não importa, o amor é o mesmo. No ano passado foram o Gegê e a Princesa com uma semana de diferença um do outro. Hoje tenho a Malu e sei que um dia ela também partirá e procuro não pensar nisso e vivo intensamente curtindo cada momento bom que ela me proporciona e são todos eles. Beijos pra ti e pras crianças, sei que o momento é ruim pra todos.
ResponderExcluirAkasha
Puxa ,Gattinho!!Que coisa mais linda escrevestes!Me fizestes chorar!Ainda bem que o Chuam deixou os filhotes dele contigo!Beijos
ResponderExcluirBlue Star
Óh, cáspita! Por que não me corrigiu, Bokão? Escrevi Chuan errado!!! Justo eu que nunca errei o nominho dele!!! Foi leseira do momento...
ResponderExcluirBeijos.
Akasha