ERA UMA VEZ


Era uma vez uma menina chamada Karina.
Desde pequena, ela só tinha uma paixão: dançar e ser uma bailarina famosa.

Seus pais até desistiram de exigir empenho em qualquer outra atividade: o coração de Karina tinha lugar somente para o ballet.

Um dia, Karina teve sua grande chance: conseguiu um encontro com o diretor do Bolshoi, que estava selecionando aspirantes para a companhia.

Nesse dia, Karina dançou como se fosse seu último dia na Terra. Colocou tudo o que sentia e que aprendera em cada movimento, como se uma vida inteira pudesse ser contada em um único passo.

Ao final, aproximou-se do renomado diretor e perguntou: "Então, o senhor acha que posso me tornar uma bailarina?"
E ela ouviu um não!

Na viagem de volta à sua aldeia, Karina, em meio às lágrimas, imaginou que nunca mais aquele não deixaria de soar em sua mente. Meses se passaram até que pudesse novamente calçar uma sapatilha...

Dez anos mais tarde, Karina, já uma estimada professora de ballet, criou coragem de ir à performance anual do Bolshoi em sua região. Sentou-se bem à frente e reconheceu que o diretor do balé ainda era o mesmo!

Após o concerto, ela tomou coragem e foi falar com ele. Contou o quanto queria ter sido bailarina do Bolshoi e quanto tinha sido difícil ter ouvido dele aquele não...

"Mas, minha filha... - disse o diretor - eu digo não a todas as aspirantes."

Com o coração ainda aos saltos, Karina não pôde conter a revolta e a surpresa dizendo: "Como o senhor poderia cometer uma injustiça dessas? Eu poderia ter sido uma grande bailarina se não fosse o descaso com que o senhor me avaliou!"

O diretor não hesitou ao responder: "Perdoe-me, minha filha, mas você nunca poderia ter sido grande o suficiente, se foi capaz de abandonar o seu sonho pela opinião de outra pessoa".

Moral da história
Quando estabelecemos metas é muito maior a nossa chance de conquistar nossos sonhos.

No entanto, mais importante do que tudo é acreditar... Porque o que não faltam na vida são os obstáculos!

E assim, muitos desistem da luta, por medo, por preguiça ou porque acreditaram nas previsões negativas dos outros.
Faça sua escolha!

Texto de João Beauclair, educador

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