ECONOMIA BY MARCO SANTINI
Breve Consideracao sobre o Mercado Financeiro
O Mercado Financeiro Internacional vivenciou nas ultimas semanas um cenario bastante conturbado de instabilidade, cujo epicentro do abalo foi o ja esperado rompimento da chamada “bolha imobiliaria” ou ameaca deste, oriundo do grave problema dos financiamentos hipotecarios feitos ja ha alguns anos de forma, no minimo, irresponsavel pelos agente financeiros do mercado americano.
Pelo que se pode verificar e as analises ja o previam, este efeito de quase rompimento desta bolha ja se antevia ha algum tempo, pois nao podemos deixar de considerar que o crescimento sustentado da economia americana ja ha mais de 08 anos com indices de GDP(Growth Domestic Product) acima dos 3 a 4 % ao ano sao numeros estarrecedores para uma economia que e o mote e a locomotiva dos mercados mundiais, portanto os americanos foram atirados ao consumo de forma desenfreada, fazendo os mercados de bens duraveis, semi-duraveis e o de servicos atingirem numeros altamente expressivos. Nao menos relevante foi a demanda exacerbada na area de “buildings”, com farta e larga oferta de credito hipotecario para a aquisicao de imoveis. Este incremento residual de demanda com alta elasticidade renda provocou uma valorizacao no minimo exagerada nos precos destes imoveis que nao raro atingiram um valor medio (average) de US$ 1 milhao, com crescimento de cerca de 20 pontos percentuais no preco de venda contra uma inflacao domestica de pouco mais de 2% e taxas de juros (FED) na epoca em cerca de 4% ao ano, agora ja ajustada para provocar uma freada estrategica na economia o que acabou se mostrando infrutifero. O maior problema ocorreu no chamado mercado do “subprime”, onde as intituicoes de segunda linha alavancadas por um farto e inesgotavel “funding” de captacoes internacionais e tambem junto a Banca de primeira linha e junto aos Pension Funds, abarrotou , literalmente, este mercado abastecendo de recursos toda a demanda existente e o pior e que que o fizeram de forma muito rapida e pouco segura quando se analisa “a real capacidade de pagamento” destes clientes de “mortgages”.
Os indices das Bolsas Americanas, em especial o Dow Jones, vem refletindo ha muito todo este efeito “positivo” de demanda agregada sobre a economia americana o que sem sombra de duvida alargou seu conceito e atingiu tambem a todos os mercados internacionais como a Europa e a Asia! Claro que, para a economia que, como ja disse, e a locomotiva do mundo com um GDP de cerca de US$ 10 trilhoes, um crecimento de 4% num ano que seja representa um gigantesco efeito sobre todas as demais economias do planeta. Em que pese o crescente e incontrolavel Deficit Comercial dos USA, alias cujo efeito so se agavou com a furia consumista deste cenario, o dolar embora enfraquecido quando comparado como Euro e com a Libra Esterlina, continua a abrigar o maior contingente de funding dos fundos internacionais e dos dolares oriundos do mercado de commodities, onde se destaca o petroleo!
A Economia da zona da European Union(EU) vem se fortalecendo tambem ja ha alguns anos com todo o efeito positivo emanado pelo mercado dos USA e tambem pelos otimos fundamentos economicos impostos pelos Paises membros da EU em seus pressupostos macro e micro economicos.
Desde que eu cheguei a Londres em Junho de 2006, venho analisando estes efeitos e seus desdobramentos sobre estes Paises membros. No caso em especial da UK onde estou residindo, vejo que o Governo de Tonny Blair, durante 10 anos( que devera manter a mesma linha com Gordon Brown) obteve otimos feitos sobre a desregulamentacao da economia, principalmente quanto as questoes de tributacao o que fez de Londres um gigantesco “ima” de atracao de fortunas e de headquarters de grandes corporacoes que para ca se deslocaram em busca destas benesses. Alem disto, a questao geografica de Londres por si so ja contribuiu em muito com este efeito, pois a proximade da hora mundial GMT, coloca Londres com uma posicao estrategica frente aos mercados. Visitei a City Financeira e a zona de Canary Wharf, onde estao as sedes dos maiores Bancos que aqui operam, alguns com sua sede mundial, como e o caso do HSBC, Barclays, Lloyds, etc e vi que muitos dos seus Executivos chegam ao escritorio por volta das 6 horas a.m. pegando com isto o fechamento dos mercados da Asia, que e um excelente indicativo de tendencia para o day-trade. Operam seus mercados normalmente a partir das 9 horas a.m locais de Londres e a tarde acompanham a abertura e o desempenho de Wall Street(05 horas atras no fuso horario de Londres), o que os coloca numa area de muita vantagem competitiva em termos de desenhar cenarios decisorios muito rapidos.
Hoje a UK e o Pais da Europa com maior indice de crescimento do GDP isolado, bem acima da Alemanha a terceira maior economia do planeta! Londres hoje abriga o maior volume de trade-finance e de insurance do mundo, ja tendo ultrapassado os volumes de N.York ha algum tempo. A desregulamentacao tributaria e a tolerancia para que as fortunas se desloquem para a UK sem serem tributadas por aqui com seus ativos sao um diferencial competitivo enorme deste Pais. Que o diga o movimento de Londres que com 08 milhoes de habitantes, recebe hoje um fluxo de turismo anual de 27 milhoes de pessoas entre turismo e business, alem de com seus 04 aeroportos em funcionamento, hoje o de Heathrow e o maior do mundo com cerca de 65 milhoes de passageiros/ano e voos a todo o momento e a custos altamente competitivos para todas as regioes do planeta!
Voltando a questao das Bolsas, acho que o efeito “day-after” dos mercados sera bastante longo, porem nao vejo, pelo menos no “short-time” nenhum efeito de “crash” nos mercados, pois o central bank da UE e o FED agiram rapido, dando liquidez a estas intituicoes com problemas no subprime dos mortgages (foram mais de US$ 400 bilhoes em apenas 02 dias de trade)! A volatilidade sera muito grande e Londres, como todas as outras pracas financeiras do mundo sentiram, e muito, os efeitos deste, vamos dizer assim, quase rompimento total da bolha imobiliaria. Aqui em Londres os mercados perderam em 01 semana de trade cerca de £ 20 bilions(pounds) de market-value das grandes empresas em Bolsas, o que, por outro lado, tambem tornou extremamente atrativo o preco de muitos papeis em bolsa! A grande preocupacao por aqui e sempre voltada ao “Pension Funds”, que diferente do Brasil, por exemplo, se utilizam da Bolsa de forma muito mais tecnica e com vistas a fazerem de fato um plano de previdencia que ampare a sociedade britanica na aposentadoria( a maioria das empresas daqui tem seus planos proprios de aposentadoria privada alem daquela que o Governo supre)!
Como eu ja , ja opinei, acredito ainda em semanas de turbulencia a frente com os mercados oscilando muito na sua volatilidade e com os investidores fazendo mudancas de posicoes muito rapidas, porem tanto o Euro quanto a Libra matem-se bastante fortes neste horizonte.
Nao posso deixar de considerar nesta analise que por aqui tambem o mercado imobiliario esta trafegando num terreno, no minimo nebuloso, pois Londres e uma cidade onde nao se autorizaram, ainda, grandes predios residencias os Skylines de N.York, por exemplo, e a cidade recebe hoje em dia um contingente enorme de pessoas vindo residir por aqui, fruto da mudanca das grandes empresas para ca e do emprego firme e bastante competitivo, o que provocou um desbalanceamento na oferta x procura de residencias e, portanto os precos tambem explodiram por aqui mais de 20% em 01 ano contra um GDP de 3% e um inflation rate de 2,7%. Uma case normal de 03 dormitorios localizada numa zona razoavel de Londres tem hoje um average price de £ 400.000, o que para nos Brasileiros e uma “loucura” nao e mesmo? A vantagem deles que os motgages daqui sao de ate 35 anos com interest rate medio de 6,5% ao ano, dependendo das condicoes de credito do comprador e eles financiam ate 100% do imovel sem problema algum!
Com relacao aos mercados do chamado BRINC (Brasil, Russia, India e China), e claro que todos sofreram algum abalo com o recente acontecimento das Bolsas, mas falando agora no caso do nosso Brasil, eu, modestamente sou de opiniao contraria ao Ministro Mantega que de forma irresponsavel esta dizendo que os “pressupostos da Economia Brasileira” sao solidos o suficiente para nao sofrer qualquer abalo aqui de fora. Ora meus amigos, o Brasil, infelizmente aqui fora, embora e obvio que chame atencao pelo seu potencial e pela economia melhor estabilizada do que no passado, continua a ser aquele Pais que nao completou “o tema de casa” (reforma tributaria, politica, cumprimento legal dos contratos firmados, taxa de juros exacerbada, termino da reforma previdenciaria, etc,), sem falarmos da questao da seguranca que assusta bastante as pessoas por aqui. Acho, no entanto, que no curto prazo para o Brasil o efeito desta volatilidade dos mercados serao: Queda a curto prazo no average da Bovespa em pontos , desvalorizacao mais forte do real(muito bom para o caso dos exportadores), interrupcao da queda de juros da SELIC com o COPOM sendo obrigado a rever seus conceitos de curto/medio prazo, o que deve se refletir em pequenas quedas quando se analisa vendas no mercado interno, em especial de bens de consumo duraveis de maior valor agregado! No curto prazo tambem vejo um possivel aumento do Risco Pais , pois os investidores terao uma tendencia a uma certa “aversao ao risco de economias em desenvolvimento” como e o caso do Brasil. Portanto, mesmo sem termos por ai o problema de financiamentos imobiliarios no curto prazo, o Pais vai ter sim alguns efeitos. Se, por outro lado, a taxa de juros do COPOM mudar de tendencia e subir ja na proxima reuniao, e claro, que os investidores internacionais vao repensar sua estrategia e deixar recursos por ai do ja tao conhecido “smart-money”. Alias, ja chamou a atencao por aqui ,eu li no Financial Times , que semana passada o Governo do Brasil ja ofereceu titulos no mercado com juros de face com 02 pontos acima do seu average de 06 meses atras. Este um indicativo seguro do esforco que BACEN dai devera fazer para nao perder volume de reservas, que serao tambem contrabalanceados pelo aumento das exportacoes com um dolar mais forte no curto prazo (hoje ele esta por volta de R$ 2,00 / 2,05), muito melhor do que o cenario de 01 mes atras bem abaixo dos R$ 2,00!
Prezados amigos, perdao pelo tamanho do texto, mas tenho que lhes confessar que uma das minhas paixoes e esta de analisar mercados e tambem de escrever! Quando comeco algum texto tenho uma dificuldade enorme de fazer minhas maos acompanharem o meu raciocinio, pois os assuntos me brotam numa velocidade maior do a que posso teclar!
Alem disto, me perdoem por algum erro no texto ou de acentuacao pois escrevi muito rapido esta analise e o meu teclado esta formatado para o ingles, onde nao tenho uma serie de acentos da nossa lingua!
Cordial Abraco a todos os que tiverem “paciencia em ler este texto”!
Abracos,
MARCO SANTINI
O Mercado Financeiro Internacional vivenciou nas ultimas semanas um cenario bastante conturbado de instabilidade, cujo epicentro do abalo foi o ja esperado rompimento da chamada “bolha imobiliaria” ou ameaca deste, oriundo do grave problema dos financiamentos hipotecarios feitos ja ha alguns anos de forma, no minimo, irresponsavel pelos agente financeiros do mercado americano.
Pelo que se pode verificar e as analises ja o previam, este efeito de quase rompimento desta bolha ja se antevia ha algum tempo, pois nao podemos deixar de considerar que o crescimento sustentado da economia americana ja ha mais de 08 anos com indices de GDP(Growth Domestic Product) acima dos 3 a 4 % ao ano sao numeros estarrecedores para uma economia que e o mote e a locomotiva dos mercados mundiais, portanto os americanos foram atirados ao consumo de forma desenfreada, fazendo os mercados de bens duraveis, semi-duraveis e o de servicos atingirem numeros altamente expressivos. Nao menos relevante foi a demanda exacerbada na area de “buildings”, com farta e larga oferta de credito hipotecario para a aquisicao de imoveis. Este incremento residual de demanda com alta elasticidade renda provocou uma valorizacao no minimo exagerada nos precos destes imoveis que nao raro atingiram um valor medio (average) de US$ 1 milhao, com crescimento de cerca de 20 pontos percentuais no preco de venda contra uma inflacao domestica de pouco mais de 2% e taxas de juros (FED) na epoca em cerca de 4% ao ano, agora ja ajustada para provocar uma freada estrategica na economia o que acabou se mostrando infrutifero. O maior problema ocorreu no chamado mercado do “subprime”, onde as intituicoes de segunda linha alavancadas por um farto e inesgotavel “funding” de captacoes internacionais e tambem junto a Banca de primeira linha e junto aos Pension Funds, abarrotou , literalmente, este mercado abastecendo de recursos toda a demanda existente e o pior e que que o fizeram de forma muito rapida e pouco segura quando se analisa “a real capacidade de pagamento” destes clientes de “mortgages”.
Os indices das Bolsas Americanas, em especial o Dow Jones, vem refletindo ha muito todo este efeito “positivo” de demanda agregada sobre a economia americana o que sem sombra de duvida alargou seu conceito e atingiu tambem a todos os mercados internacionais como a Europa e a Asia! Claro que, para a economia que, como ja disse, e a locomotiva do mundo com um GDP de cerca de US$ 10 trilhoes, um crecimento de 4% num ano que seja representa um gigantesco efeito sobre todas as demais economias do planeta. Em que pese o crescente e incontrolavel Deficit Comercial dos USA, alias cujo efeito so se agavou com a furia consumista deste cenario, o dolar embora enfraquecido quando comparado como Euro e com a Libra Esterlina, continua a abrigar o maior contingente de funding dos fundos internacionais e dos dolares oriundos do mercado de commodities, onde se destaca o petroleo!
A Economia da zona da European Union(EU) vem se fortalecendo tambem ja ha alguns anos com todo o efeito positivo emanado pelo mercado dos USA e tambem pelos otimos fundamentos economicos impostos pelos Paises membros da EU em seus pressupostos macro e micro economicos.
Desde que eu cheguei a Londres em Junho de 2006, venho analisando estes efeitos e seus desdobramentos sobre estes Paises membros. No caso em especial da UK onde estou residindo, vejo que o Governo de Tonny Blair, durante 10 anos( que devera manter a mesma linha com Gordon Brown) obteve otimos feitos sobre a desregulamentacao da economia, principalmente quanto as questoes de tributacao o que fez de Londres um gigantesco “ima” de atracao de fortunas e de headquarters de grandes corporacoes que para ca se deslocaram em busca destas benesses. Alem disto, a questao geografica de Londres por si so ja contribuiu em muito com este efeito, pois a proximade da hora mundial GMT, coloca Londres com uma posicao estrategica frente aos mercados. Visitei a City Financeira e a zona de Canary Wharf, onde estao as sedes dos maiores Bancos que aqui operam, alguns com sua sede mundial, como e o caso do HSBC, Barclays, Lloyds, etc e vi que muitos dos seus Executivos chegam ao escritorio por volta das 6 horas a.m. pegando com isto o fechamento dos mercados da Asia, que e um excelente indicativo de tendencia para o day-trade. Operam seus mercados normalmente a partir das 9 horas a.m locais de Londres e a tarde acompanham a abertura e o desempenho de Wall Street(05 horas atras no fuso horario de Londres), o que os coloca numa area de muita vantagem competitiva em termos de desenhar cenarios decisorios muito rapidos.
Hoje a UK e o Pais da Europa com maior indice de crescimento do GDP isolado, bem acima da Alemanha a terceira maior economia do planeta! Londres hoje abriga o maior volume de trade-finance e de insurance do mundo, ja tendo ultrapassado os volumes de N.York ha algum tempo. A desregulamentacao tributaria e a tolerancia para que as fortunas se desloquem para a UK sem serem tributadas por aqui com seus ativos sao um diferencial competitivo enorme deste Pais. Que o diga o movimento de Londres que com 08 milhoes de habitantes, recebe hoje um fluxo de turismo anual de 27 milhoes de pessoas entre turismo e business, alem de com seus 04 aeroportos em funcionamento, hoje o de Heathrow e o maior do mundo com cerca de 65 milhoes de passageiros/ano e voos a todo o momento e a custos altamente competitivos para todas as regioes do planeta!
Voltando a questao das Bolsas, acho que o efeito “day-after” dos mercados sera bastante longo, porem nao vejo, pelo menos no “short-time” nenhum efeito de “crash” nos mercados, pois o central bank da UE e o FED agiram rapido, dando liquidez a estas intituicoes com problemas no subprime dos mortgages (foram mais de US$ 400 bilhoes em apenas 02 dias de trade)! A volatilidade sera muito grande e Londres, como todas as outras pracas financeiras do mundo sentiram, e muito, os efeitos deste, vamos dizer assim, quase rompimento total da bolha imobiliaria. Aqui em Londres os mercados perderam em 01 semana de trade cerca de £ 20 bilions(pounds) de market-value das grandes empresas em Bolsas, o que, por outro lado, tambem tornou extremamente atrativo o preco de muitos papeis em bolsa! A grande preocupacao por aqui e sempre voltada ao “Pension Funds”, que diferente do Brasil, por exemplo, se utilizam da Bolsa de forma muito mais tecnica e com vistas a fazerem de fato um plano de previdencia que ampare a sociedade britanica na aposentadoria( a maioria das empresas daqui tem seus planos proprios de aposentadoria privada alem daquela que o Governo supre)!
Como eu ja , ja opinei, acredito ainda em semanas de turbulencia a frente com os mercados oscilando muito na sua volatilidade e com os investidores fazendo mudancas de posicoes muito rapidas, porem tanto o Euro quanto a Libra matem-se bastante fortes neste horizonte.
Nao posso deixar de considerar nesta analise que por aqui tambem o mercado imobiliario esta trafegando num terreno, no minimo nebuloso, pois Londres e uma cidade onde nao se autorizaram, ainda, grandes predios residencias os Skylines de N.York, por exemplo, e a cidade recebe hoje em dia um contingente enorme de pessoas vindo residir por aqui, fruto da mudanca das grandes empresas para ca e do emprego firme e bastante competitivo, o que provocou um desbalanceamento na oferta x procura de residencias e, portanto os precos tambem explodiram por aqui mais de 20% em 01 ano contra um GDP de 3% e um inflation rate de 2,7%. Uma case normal de 03 dormitorios localizada numa zona razoavel de Londres tem hoje um average price de £ 400.000, o que para nos Brasileiros e uma “loucura” nao e mesmo? A vantagem deles que os motgages daqui sao de ate 35 anos com interest rate medio de 6,5% ao ano, dependendo das condicoes de credito do comprador e eles financiam ate 100% do imovel sem problema algum!
Com relacao aos mercados do chamado BRINC (Brasil, Russia, India e China), e claro que todos sofreram algum abalo com o recente acontecimento das Bolsas, mas falando agora no caso do nosso Brasil, eu, modestamente sou de opiniao contraria ao Ministro Mantega que de forma irresponsavel esta dizendo que os “pressupostos da Economia Brasileira” sao solidos o suficiente para nao sofrer qualquer abalo aqui de fora. Ora meus amigos, o Brasil, infelizmente aqui fora, embora e obvio que chame atencao pelo seu potencial e pela economia melhor estabilizada do que no passado, continua a ser aquele Pais que nao completou “o tema de casa” (reforma tributaria, politica, cumprimento legal dos contratos firmados, taxa de juros exacerbada, termino da reforma previdenciaria, etc,), sem falarmos da questao da seguranca que assusta bastante as pessoas por aqui. Acho, no entanto, que no curto prazo para o Brasil o efeito desta volatilidade dos mercados serao: Queda a curto prazo no average da Bovespa em pontos , desvalorizacao mais forte do real(muito bom para o caso dos exportadores), interrupcao da queda de juros da SELIC com o COPOM sendo obrigado a rever seus conceitos de curto/medio prazo, o que deve se refletir em pequenas quedas quando se analisa vendas no mercado interno, em especial de bens de consumo duraveis de maior valor agregado! No curto prazo tambem vejo um possivel aumento do Risco Pais , pois os investidores terao uma tendencia a uma certa “aversao ao risco de economias em desenvolvimento” como e o caso do Brasil. Portanto, mesmo sem termos por ai o problema de financiamentos imobiliarios no curto prazo, o Pais vai ter sim alguns efeitos. Se, por outro lado, a taxa de juros do COPOM mudar de tendencia e subir ja na proxima reuniao, e claro, que os investidores internacionais vao repensar sua estrategia e deixar recursos por ai do ja tao conhecido “smart-money”. Alias, ja chamou a atencao por aqui ,eu li no Financial Times , que semana passada o Governo do Brasil ja ofereceu titulos no mercado com juros de face com 02 pontos acima do seu average de 06 meses atras. Este um indicativo seguro do esforco que BACEN dai devera fazer para nao perder volume de reservas, que serao tambem contrabalanceados pelo aumento das exportacoes com um dolar mais forte no curto prazo (hoje ele esta por volta de R$ 2,00 / 2,05), muito melhor do que o cenario de 01 mes atras bem abaixo dos R$ 2,00!
Prezados amigos, perdao pelo tamanho do texto, mas tenho que lhes confessar que uma das minhas paixoes e esta de analisar mercados e tambem de escrever! Quando comeco algum texto tenho uma dificuldade enorme de fazer minhas maos acompanharem o meu raciocinio, pois os assuntos me brotam numa velocidade maior do a que posso teclar!
Alem disto, me perdoem por algum erro no texto ou de acentuacao pois escrevi muito rapido esta analise e o meu teclado esta formatado para o ingles, onde nao tenho uma serie de acentos da nossa lingua!
Cordial Abraco a todos os que tiverem “paciencia em ler este texto”!
Abracos,
MARCO SANTINI
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