MORTE LENTA - Isabella Benício



És hábil com teu punhal.
Sabes da beleza e do perigo
Que a ele são inerentes.
Enquanto com sua ponta
Escreves poemas de amor,
Sabes que com seu fio
Matas as almas que te lêem.
És mestre na arte de apunhalar.
E eu,
Ingenuamente,
Enquanto leio tuas palavras,
Deixo-me matar por ti.
E assim morro,
Doce e dolorosamente,
Cruelmente,
Um pouco a cada dia.


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