ANDROPAUSA MASCULINA

Menopausa Masculina: Os homens também sofrem

Muito se tem estudado, publicado e discutido sobre os efeitos do climatério e da menopausa na qualidade de vida da mulher, além dos seus efeitos na vida sexual e psicológica feminina Para esclarecer melhor, o período do climatério antecede a menopausa com a diminuição gradativa dos hormônios sexuais femininos e a menopausa se estabelece com a parada definitiva do ciclo menstrual e a produção dos hormônios sexuais femininos.
Correspondendo à menopausa na mulher, o homem (a partir dos 50 - 55 anos de idade) também apresenta uma diminuição da função sexual masculina, devido a uma diminuição do tamanho dos testículos e conseqüente queda gradativa da produção de testosterona, o hormônio sexual masculino. A essa ocorrência chamamos andropausa ou deficiência androgênica parcial.
A testosterona é um hormônio sexual masculino encontrado em ambos os sexos, mas em maior quantidade no homem e é responsável pelo desenvolvimento e manutenção das características masculinos. A testosterona está presente em ambos os sexos e responde pela libido, pelo interesse sexual e pelas fantasias sexuais.
Existem diferenças básicas entre a menopausa feminina e a andropausa, pois enquanto a menopausa atinge todas as mulheres sem exceção após certa idade, no homem a andropausa atinge alguns homens.
Enquanto a menopausa na mulher acarreta a parada definitiva dos hormônios sexuais ocasionando a infertilidade total, no homem apenas ocorre a diminuição hormonal e da fertilidade por ocasião da redução de espermatozóides, o que lhe permite procriar ainda por muitos anos.
Os problemas hormonais em homens, assim como nas mulheres também causam dificuldades sexuais. Dados da Sociedade Brasileira de Urologia - SBU mostram que 50% dos homens acima de 40 anos de idade apresentam algum tipo de disfunção sexual, que pode atingir desde uma falta do desejo sexual até a falta de ereção em algum grau, conhecida como disfunção erétil.

Além da diminuição da testosterona, outros hormônios também podem interferir na falta do desejo sexual, como o caso da prolactina em doses elevada. Este hormônio é muito produzido em mulheres na gestação e após o parto, com a função de estimular as glândulas mamárias na produção do leite para amamentação, sendo portanto de ação antilibidinoso tanto no homem quanto na mulher.
O aumento das doses de prolactina pode ser reflexo de uma vida estressante, à qual o homem está exposto diariamente pelas condições de trabalho, situação financeira ou dificuldades pessoais. Outras doenças mais graves também podem levar o homem a uma hiperprolactinemia e esses necessitam uma avaliação médica.
Os homens que sofrem de deficiência androgênica parcial podem apresentar os mesmo sintomas que a mulher na menopausa, esses sintomas variam muito e podem levá-los a sentir as mesmas ondas de calor, mudanças constantes de humor, irritabilidade, sintomas de depressão, sinais da osteoporose, desinteresse sexual e até tristeza pela saída dos filhos de casa.
Quando o homem apresenta as dificuldades sexuais junto com os sintomas da andropausa além de perder sua capacidade de desempenho sexual, perde sua auto-estima e inicia um processo depressivo.
Muitos homens não percebem que estão sofrendo de andropausa e que foram afetados sexualmente. Sentem-se constrangidos diante da situação de falta de desejo sexual ou falta de ereção, preferem não comentar o assunto e não procuram ajuda médica ou psicoterapeuta.
Geralmente as parceiras estão mais atentas porque além de serem as rastreadoras da família nas questões de saúde, são as mais afetadas pela falta de entrosamento sexual e motivam seus parceiros a procurarem ajuda.
E assim como as mulheres eles podem se beneficiar do tratamento da reposição hormonal masculina, procurando ajuda do médico e psicoterapia para restabelecer a autoconfiança e auto-estima.

Fonte : Eliane A. Padua

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